quinta-feira, 5 de maio de 2016
Mãe Bárbara: coordenadora da Federação Nacional do Culto Afro Brasileiro completa 5 anos de coordenação
Coordenador Lázaro César e Mãe Bárbara na prestação de contas |
Mame´etu Kafurêngá, como é conhecida a sacerdotisa Mãe
Bárbara, Maria Balbina dos Santos, foi empossada em sete de fevereiro do ano de
2012 na Federação Nacional do Culto Afro Brasileiro, em atendimento do convite
do presidente nacional, o Babalorixá Aristides Mascarenhas.
Na época, ela teve resistência devido a desorganização das
documentações anteriores da região onde iria atuar, por falta de atenção e
responsabilidade do último coordenador que a antecedera, porém, pensando
bastante sobre o fato tentou encarar o desafio que lhe seria atribuído. No dia
da posse se fizeram presentes outros coordenadores que tiveram seus mandatos
renovados. O ato de posse ocorreu na sede da FENACAB, no pelourinho – Salvador/BA.
Os representantes de casas sérias e comprometidas do território
de identidade do Baixo Sul da Bahia, têm sido respeitados com a nomeação desta nova
coordenadoria desde o seu primeiro ano de atuação. De lá para cá, a coordenadora
tem regularizado documentos religiosos e de funcionamento institucional de cada
casa de práticas religiosa afro-brasileiras. Dentre as ações desenvolvidas pela
coordenação destacamos a normalização, atualização de dados, e legalização dos
terreiros de candomblé, centros de Umbandas, Giras de Caboclos e das rezadeiras
e rezadores da região bem como, a construção de registro da memória dos
seus filiados.
No final do último mês de abril de 2016, Mãe Bárbara embarcou para Salvador com fins de prestação de contas e o SERAFRO registrou o momento. Confiram as fotos
abaixo:
Mãe Bárbara e o presidente Aristídes Mascarenhas |
Além destas fotos confiram outras fotos, após Mãe Bárbara prestar contas na FENACAB, nas ruas da velha Salvador:
Mãe Bárbara celebrando, em lembrança, a vitória na seleção do edital do IPHAN. |
Mãe Bárbara feliz com a premiação e reconhecimento da Escola Caxuté pelo IPHAN. |
Assis filha de santo Mãe Bárbara, residente em Salvador. |
Mãe Bárbara e o Antropólogo Vilson Caetano. |
Representante da sede nacional da FENACAB, Mãe Bárbara e o Antropólogo Drº.Vilson Caetano. |
Mãe Bárbara o vereador Silvio Humberto |
Mãe Bárbara com liderança de Salvador e vereador Silvio Humberto. |
Conferência discutirá Ancestralidade Bantu no Baixo Sul da Bahia: memória e convivência religiosa com mame´etu Kasanji
Acontece nesta quarta-feira, 18 de maio de 2016, a Conferência do Coletivo de Estudos e Pesquisas de Matriz Africana, será discutido "Ancestralidade Conferência discutirá Ancestralidade Bantu no Baixo Sul da Bahia: memória e convivência religiosa com mame´etu Kasanji, às 14h, no auditório Tempo Livre, da Escola Caxuté.
O objetivo da conferência é alimentar o acervo do memorial Mameetu Kasanji, idealizado pelo Táta Luangomina, pesquisador sobre a trajetória de Mãe Mira (Mammetu Kasanji) que estará sendo criado pela Associação Religiosa e Cultural Terreiro Caxuté Tempo Marvila Senzala do Dendê, para, como também, contribuir com a produção de registro sobre a convivência religiosa de dois sacerdotes que tiveram em suas vidas a presença sacerdotal da saudosa rainha negra do território do Baixo Sul. A conferência trará trocas de experiências do Taata Kwa Nkisi Katuvanjesi e da Mame´tu Kwa Nkisi Kafurêngá.
Confira a programação abaixo, assim como uma breve apresentação da Mãe Bárbara (Mame´etu Kafurêngá) e do convidado Walmir Damasceno (Taata Katuvanjesi):
Mame´etu Kafurêngá:
Atualmente é graduanda em Pedagogia. Diretora/fundadora da Primeira Escola de Religião e Cultura de Matriz Africana do Baixo Sul da Bahia - Escola Caxuté. Presidenta da Associação Religiosa e Cultural Terreiro Caxuté Tempo Marvila Senzala do Dendê (ACULTEMA). Sacerdotisa Afro dirigente do Kunzo Nkisi Caxuté Kitembo Mvila (Terreiro Caxuté). Poetisa afro-brasileira. Coordenadora da Federação Nacional do Culto Afro-Brasileiro (FENACAB), para as 15 cidades que compõem o Território do Baixo Sul da Bahia.
Taata Katuvanjesi:
Taata Kwa Nkisi Katuvanjesi – Walmir Damasceno, Sacerdote Máximo do Nzo Tumbansi – Jornalista e Bacharel em Direito. Coordenador Nacional do Ilabantu.
terça-feira, 27 de outubro de 2015
Escola Caxuté, premiada pela Fundação Palmares, é destaque na Lavagem do Amparo 2015
Caxuté, pelo fim da Violência Religiosa. Foto: Serafro: Comunicação Negra |
Por:
Táta Luangomina*
Em
nome da Primeira Escola de Religião e Cultura de Matiz Africana do
Baixo Sul da Bahia- Escola Caxuté, queremos destacar primeiramente
que nós fomos reconhecidos pelo edital de culturas afro-brasileiras
da Fundação Cultural Palmares do Ministério da Cultura, do governo
federal.
- Nosso trabalho de educação das relações étnicas raciais conta com a disponibilidade exclusiva de um profissional de Pedagogia da Secretaria Municipal de Educação de Cairu.
- No Município de Valença, temos inscrição no Programa de Aquisição de Alimentos em Avaliação e fiscalização institucional da Secretaria de Promoção Social.
- Temos apoio da APLB Costa do Dendê.
- Utilidade Pública Municipal desde 2012 da Câmara Municipal de Valença;
- Utilidade Pública Estadual concedida pela Assembleia Legislativa da Bahia.
- Inserção no Programa Caia na Rede do Instituto de Desenvolvimento Sustentável do Baixo Sul - IDES.
- Temos o apoio da Coordenação territorial local da Federação Nacional do Culto Afro Brasileiro.
- Temos assessoria com o Grupo de Assessoria Jurídica Popular (GAJUP).
- Somos apoiados pela Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro Brasileira – UNILAB, campus dos Malês.
- Implantamos o Fórum Agenda 21 da Comunidade de Graciosa, em parceria com a Petrobras.
- Temos associação e terreiro.
Destaques
estes que ainda é são poucos, mas importantes para o necessário
desenvolvimento social e sustentável dos povos bantus de Caxuté e
das demais comunidades tradicionais do Baixo Sul da Bahia. Por
objetivo nossa vivência tem como função primária promover um
espaço de amplo diálogo entre os povos de terreiro e sociedade em
geral, fazendo com que esta última re-conheça a importância das
influências Africanas durante todo período histórico tanto no
passado, quanto no presente da humanidade, oportunizando ainda a
observação das diversas contribuições que as religiões de matriz
africana deixando como legado para as gerações atuais e futuras.
Damos
ênfase que a Escola Caxuté nasci do pensamento nobre de Mãe Mira,
Mameetu Kassange, quando fundou a antiga Creche Lar de Amparo um
Pedacinho de Mim, que tinha por objetivo dá às crianças acesso a
educação. Seu sonho dormiu mas acordou configurado com força e
vigor em Escola Caxuté, que a sua filha Mameetu Kafurengá, Mãe
Bárbara de Caxuté, re-criou quebrando paradigmas e se
transformou-o nesta iniciativa que hoje tem o devido reconhecimento
do Governo Federal. Se tem duas áves que poderíamos expressar o
que seria a escola Caxuté, diríamos que seriam a Fénix e o
Sankofa. A Fênix, no mito renasce das cinzas, e o Sankofa caminha
para frente trazendo consigo sua ancestralidade africana. Nosso
público-alvo ´são membros da Comunidade Caxuté, estudantes,
curiosos e pesquisadores acadêmicos que tenha o interesse pela
temática Cultural e História Africana e Indígena.
Para
reforçar nosso trabalho estaremos no mês de novembro em parceria
com a Universidade do Estado da Bahia, UNEB campus XV, construindo
atividades do Novembro Negro e elaborando com comunidade interna e
externa o nosso PPAFRO – Projeto Político Afro Pedagógico da
Escola Caxuté. Criamos o Koiaqui Sakumbi que nada mais é que o
nosso Coletivo de Estudos e Pesquisas da Comunidade Caxuté, que tem
como membros Militantes e Acadêmicos que sejam adeptos da nossa
comunidade. Neste ano, por nossos esforços estamos inscritos no
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio
Texeira, INEP – do Ministério da Educação, lançando três
turmas de ensino que são “ Turma 1 – Educação e
Ancestralidade” “Turma 2 Sustentabilidade e Candomblé” e
“Turma 3 Cesto de Alegrias de Quintal”, cada uma com um uma
ênfase educacional diferente, tendo como princípio norteador a
Pedagogia do Terreiro Caxuté.
Enquanto
religioso e Acadêmico da Comunidade Caxuté vejo que a Lavagem do
Amparo não tem dono, mas deve ter sim, uma comissão formada por
terreiros e centros de umbandas de Valença, unidos dentro de um
espaço que pode ser chamado de “Conselho Municipal de Combate à
Violência Religiosa” para sua continuidade em meio a diversos
ataques promovidos por pessoas que se definem religiosos mas que tem
seus pensamentos mumificados no tempo quando se trata do respeito aos
povos dos espaços de religiões de matriz africana.
*Táta
Luangomina – Heráclito Barbosa (Graduando em Humanidades pela
Universidade da Integração Internacional da Lusofonia
Afro Brasileira – Unilab; Gestor da Escola Caxuté; Sacerdote da
Comunidade Caxuté). Texto rápido sem correção e revisão
ortográfica, de inteira responsabilidade do seu autor.
acultema@gmail.com
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